Mas e o tal RPG que tu prometeu?

Se você ainda acompanha o site desde 2016~2017 deve lembrar de como eu falava tanto do RPG que tava fazendo.

Pois é de lá pra cá eu perdi o arquivo ou a vontade varias e varias vezes. Mas com o isolamento em casa, largar de ser idiota e salvar em 2 backup online e alguns fatores que me levaram a hiperfocar em RPG nos últimos dois meses, eu trago boas noticias para vocês.

TOMA O PLAYTEST AI MI PARÇA!

É, Hebi usa pronome neutro, não gostou me paga.

O livro do RPG obviamente tá longe de estar completo, mas já tá jogável. Ou pelo menos já dá pra fazer boneco, a parte do mestre ainda tá em construção já que até agora só eu narrei essa bodega pros amigos.

E pra fazer personagens, é obvio que precisam de uma ficha.

Divirtam-se e boas festas mi consagrades!

Araddun – A Bruxa Voraz

Um dia a menina pobre de Zand tinha fome e contrariando sua mãe, ela seguiu para as matas próximas, em busca de caçar algum animal, mesmo que fosse um rato ou corvo.

A menina entrou no pantanal e andou por horas, sendo espiada por criaturas que espreitam sob as árvores longe da luz do sol. Ela era corajosa e esperta, se escondia toda vez que via um dos Perdidos ou Horrores vagando sem rumo e evitando as águas onde poderiam jacarés, cobras ou répteis ainda maiores a espreita, mas após certo ponto, a menina teve sede. Muita sede. Como se algo a atraísse para água, como se a água pedisse para bebê-la.

A menina bebeu da água e não tardou a sentir os efeitos, sua visão se abriu para coisas além da compreensão enquanto sua circulação sanguínea aumentou e seu estômago vazio se revirou com a toxina que acabou de receber. Mas mesmo passando mau, ela quis beber mais. Ela queria mais, não conseguia parar.

A água amaldiçoada abriu o canal para a garota entrar em contato com algo fora de deste plano ao mesmo tempo que quase matava seu corpo. A coisa do além prometeu a salvar da sede, da toxina e da fome, prometeu que ela não se tornaria um Perdido vagando no pantanal.

A garota aceitou e o pacto estava formado. Seu nome de nascença se perdeu junto com as memórias de sua vida antes disso. A garota perdeu a consciência, mas quando voltou a si, estava feliz, de barriga cheia e garganta molhada, ainda mastigando um pedaço de carne suculenta em sua antiga casa, vendo o solo encharcado de água escuras. A menina olhou a carne em suas mãos, embora ossuda, aquela carne era bem maior que qualquer coelho ou frango. Ela olhou para o lado e viu o rosto da mulher chorando, morrendo e desesperada e ouviu suas últimas palavras:

“Filha…?”